domingo, 18 de julho de 2010

EXPERIMENTAÇÃO

GASTRONOMIA VII

Estou na vez de apresentar o ecritor Bulhão Pato, poeta, ensaista e memoralista português.
Bulhão Pato, nascido em Bilbau, Espanha em 3 de Março de 1828 e falecido na Costa da Caparica, a sul do Rio Tejo, perto de Lisboa, a 24 de Agosto de 1912,
Fcou Celebre pela receita de ameijoas à Bulhâo Pato, que dizem ter sido ele que criou e pela primeira vez apresentou.
Como bom gastrónomo, confesso gostar imenso.
Porém aqui, mais uma vez apresento-o, na versão do Pintor Victor Ribeiro, em Edição do Restaurante Quinta dos Frades, para obsequiar os seus clientes com uma das suas receitas.
Ora, amplie para ver.


Daniel Costa

5 comentários:

  1. Querido amigo, que post maravilhoso, linda pintura, e a receita deve ser uma delícia. Tenha uma linda semana... Beijocas

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  2. Daniel
    Sempre que venho aqui fico por um bom tempo, lendo, conhecendo e me encantando. Parabéns pelo post, mais que isso um registro.
    Bjs

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  3. Gosto tanto do teu espaço ....estava ansiosa por sua atualização. Gostei muito da pintura, admirei e admirei, rss
    porém como gosto de usar sempre a sinceridade, a receita não me afeiçoou muito.

    Lindo dia p/ vc!

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  4. Isso é uma receita deliciosa!Costuma ser acompanhada com umas "imperiais" e pão torrado. Já estou com água na boca.

    Um abraço

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  5. Os meus parabéns pelo seu excelente trabalho.
    Tomo a liberdade de aqui deixar um texto sobre o nosso poeta versus as amêijoas.........

    AMO-TE CAPARICA
    13/7
    BULHÃO PATO!

    E, então.........as AMÊIJOAS??!


    Escritor, homem de caçadas "de sala e de laboratório culinário....derradeiro sobrevivente do romantismo", como o descreve Alfredo Morais, in "O Cronista", n.º 21 de 27/4/1955, foi, Bulhão Pato, celebrado por Júlio Dantas com um elogio, proferido em 1913, na Academia das Ciências, que sobre ele disse: "Toma em Sèvres e oiro o caldo de galinha das sauteries do Farrobo" e entre preciosos manjares "na sua casa da Torre, servia aos c
    onvidados a lebre caçada na véspera ou lebrão marinado em vinho".

    A revista semanal "Ilustração Portuguesa", II série, n.º 30, 17 de Setembro, 1906, pp. 193-198, em artigo não assinado, dele refere "...depois da caça a sua paixão é a cozinha, uma cozinha toda de emoções e de colorau picante, uma cozinha declamatória e grandiosa, cortada de especiarias e drogas como um Colóquio de Garcia da Orta, e puxando a lágrima à força de pimentão como um sermão de frade "Lagosta"." Todo o bom português leu um dia a "Paquita", ou comeu, ao menos uma vez na vida, "Lebre à Bulhão Pato", receita que é descrita na revista, tal como uma de cada um dos escritores gastrónomos: Júlio César Machado, Luís d´Araújo, Ramalho Ortigão, Fialho de Almeida e o padre Raphael Bluteau.

    Para além da "Lebre à Bulhão Pato", três outras receitas do poeta são descritas, desta vez, num opúsculo intitulado "Receitas para os gastrónomos requintados - inventadas e executadas por distintos artistas e escritores portugueses", editado pela Compendium em 1944, e transcritas das páginas 15 a 18, das receitas de Bulhão Pato, que Paulo Plantier recolhera, em 1870, na sua obra "O Cozinheiro dos Cozinheiros".

    Albino Forjaz de Sampaio, na sua obra "Volúpia, a Nona Arte: a Gastronomia", publicada por Domingos Barreira editor, em 1940, escreve na pág. 51 "....Quando com o grande Ás da Gastronomia que é António Belo, eu ajudei a fundar a Sociedade Portuguesa de Gastronomia, pensei um segundo em criar, como nas academias eruditas, vinte e cinco fauteuils, poltronas à portuguesa, para gastrónomos nacionais e outras tantas para a gastronomia mundial, antiga, moderna ou exótica, poltronas que teriam o nome de escritores da especialidade, cultores da arte, grandes cozinheiros ou gastrónomos somente" e mais adiante "...pode consagrar-se a décima poltrona a Bulhão Pato, grande poeta e gastrónomo notável...". Os virtuais assentos eram vinte e cinco.

    Diz-se, por vezes, que as "Amêijoas à Bulhão Pato" seriam um prato com que João da Mata (grande cozinheiro) teria pretendido homenagear o poeta. Azar dos azares! No seu livro "Arte de Cozinha", publicado pela Parceria António Maria Pereira em 1924 (6.ª edição), o mestre cozinheiro não faz qualquer referência às amêijoas mais o seu perfumado molhinho. Frequentes são as alusões feitas a Bulhão Pato, no âmbito da gastronomia, pelos seus contemporâneos. Referências às amêijoas (talvez o que ainda o mantém "vivo", já que a sua obra literária, essa levou-a o tempo) associando-as ao poeta - como refeiçoeiro - há, que eu conheça, uma: a de Alberto Bramão, seu amigo, que em "As Últimas Recordações", Lisboa, Oficina da Empresa Nacional de Publicidade, 1950, pp. 61-69, descreve assim a ementa habitual do autor do "Livro do Monte" no restaurante Estrela de Oiro, na Rua da Prata: "um grande prato de sopa de camarão, um prato de arroz com amêijoas e outro de peixe guisado; queijo, fruta e uma garrafa inteirinha de vinho de Torres".
    Ah! Grande poeta, que bem te deverá ter sabido o arroz com amêijoas...............

    Fernando Miguel

    https://www.facebook.com/pages/AMO-TE-CAPARICA/186509761426925?ref=hl

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