quinta-feira, 7 de novembro de 2019

OCASIONAL


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OCASIONAL

Rangel algumas vezes encontrava o seu ex-colega Emílio, porque trabalhando na grande editora, o Circulo de Leitores, ainda em formação, que se estenderia a todo o país.
Até que, no início a Selecor se instalou na mesma Rua, a Tomáz de Figueiredo, em Benfica, Lisboa.
Na sequência, este foi convidado por Emílio a pertencer aos quadros da nova empresa, o que não aceitou de imediato. No entanto, por desrespeito da sua chefia, veio então a aceitar o lugar oferecido.
Logo na entrada, verificou ser aliciante, tanto mais que se sentiu, como que em casa. Já que, ali encontrou vários ex-colegas, com destaque para a Lisete no escritório.
Todos pareceram motivados, o que era bom augúrio.
 Rangel Logo começou, em primeiro a tratar de assuntos com clientes também já seus conhecidos, como por exemplo, Revista Rádio e Televisão, do Diário Popular, que era então dirigida por Dinis de Abreu, dos quadros daquele Matutino. Ou Selecções do Reader’s Digest, cujo “Acount” era o Senhor Bruno, com quem já tinha tratado bastante.
A partir daí, foi estabelecendo novos contactos, alguns deles, já velhos conhecidos.
No dia de entrada, numa reunião ficaram assentes os deveres, assim como os direitos do novel funcionário.
Para deslocações que, seriam muitas começaria por utilizar o seu veículo pessoal, até que a empresa adquirisse um, económico, mais adequado às deslocações na cidade de Lisboa, que lhe seria distribuído. O mesmo iria ostentar, em formato bem visível, o logotipo da empresa, um modo de lhe dar visibilidade.
O que veio a acontecer, já com a mudança, para o número um da Rua Saraiva de Carvalho, frente à Igreja de Santa Isabel. É aí que com a visibilidade que o carro lhe dava, e as muitas visitas que Rangel fazia, que a Selecor se expandia a olhos vistos.
Era evidente, que Rangel ganhara prestígio e preponderância, pois tomava compromissos e fazia-os cumprir na laboração dos fotolitos, nas suas montagens, quando era caso disso.
Tanto assim era, que numa das habituais reuniões matinais entre o Administrador e o seu empregado, mais próximo, perguntou a Rangel:
- Onde pensas ir hoje, nas tuas visitas a clientes?
- Este falou do seu projecto para o dia, para além, além do necessário, por inerência.
- Como reposta, daquele, obteve: acho melhor, hoje suspenderes novas visitas, para não assoberbares o Atelier, com mais trabalhos.

Daniel Costa


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