COLECCIONISMO
Nos anos oitenta e noventa, do século passado, o coleccionismo estava ao rubro. Como os meus interesses estivam muito virados para esse lado (cheguei a escrever e publicar artigos sobre vários), também me interessava e fazia lotaria.
Editava uma revista de filatelia, que por falta de rendibilidade, passei a dedicá-la mais ao serviço do coleccionador, em detrimento da qualidade.
Passei a ter um êxito relativo, ela e eu passamos a ser depositários, além de literatura e acessórios da especialidade, de tudo o que me propunham, continuando a ser coleccionador de quanto fosse papel impresso.
Foi assim que em em 10 de Março de 1987 foi lançada a Lotaria Popular.
Logo pensei, ter a grande oportunidade de começar de imediato a fazer a minha colecção completa. Logo com uma contraridade, quinze dias antes já estava esgotada. Quando abordei um cauteleiro tive a notícia.
Um amigo ouviu e disse logo: Fica descansado, vais ter o teu número um. Visto que comprei vários exemplares e pelo menos uns serão brancos.
Assim foi, veio a oferecer vários números que possuo.
Até Junho de 1999, adquiri sempre dois exemplares, para o caso de acertar num. E aconteceu mesmo, em determinada semana tive a terminação em ambas, como tinha os meus contactos pude completar.
Reproduzo aqui um exemplar do número um. Curiosamente, passadas algumas semanas, numa feira semanal de coleccionismo, nas Arcadas do Terreiro do Paço, em Lisboa, os primeiros números, estavam à venda por por três vezes mais do seu custo, antes de andar a roda.
Hoje ninguém as deve querer.
Daniel Costa